Victor Mattina

1985 – Rio de Janeiro, Brasil
Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil



Victor Mattina

1985 – Rio de Janeiro, Brasil
Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil



Há treze anos constrói um corpo de trabalho em pintura, vídeo e texto que pensa o uso da fotografia, da computação gráfica, da manipulação de imagens encontradas em arquivos científicos e policiais, e mais recentemente em imagens geradas por inteligência artificial, em busca da sintetização de uma espécie de 'atlas de imagens vestigiais', ou seja, a coleção e justaposição de situações visuais arrancadas de seu contexto primeiro, cujo significado original permanece indefinidamente suspenso.

Visitando hospitais psiquiátricos, igrejas, cemitérios, coletando álbuns de fotografias de desconhecidos, livros de medicina, stills de filmes, registros de perícias policiais, fotografias de fantasias eróticas ou de integrantes do al-Qaeda, Mattina procura entender até que ponto a dor e o prazer podem ser concebidas como sensações dissociadas uma da outra. Suas pinturas partem de imagens pré-existentes, e embora se manifestem por meio de uma linguagem mais figurativa, buscam um distanciamento da imagem fotográfica, seja pelo uso de tons menos saturados, seja pelo uso de contornos distorcidos que reduzem a definição dos elementos que compõem as cenas. Suas pinturas “desbotadas" nos remetem a um tempo em suspensão, o tempo das flores que murcham esquecidas em cima das lápides ou das fotos guardadas em baús que vão perdendo a cor com o passar dos anos. Mattina nos dá acesso a essa temporalidade através de imagens silenciosas, onde pouca coisa parece acontecer, somente o lento e quase imperceptível movimento dos vestígios de alguma situação – talvez trágica, talvez mágica– que já foi ou que ainda virá.


formação acadêmica

2008
Bacharel em Design, ESPM-RJ, Rio de Janeiro, RJ

exposições individuais

2024
desmesura — poema de Flávio Morgado — Galeria Marcelo Guarnieri, São Paulo, Brasil

2023
Assim que passou a ver tudo quanto não havia — Curadoria de Fernanda Lopes, Galeria Athena, Rio de Janeiro, Brasil

2021
ponto-zero/ponto-nulo — Curadoria de Luisa Duarte, Galeria Marcelo Guarnieri, São Paulo, Brasil

2017
Antes do Fórum — Curadoria de Evangelina Seiler, Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil

2012
Delta — Cosmocopa Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil

2010
Dublê — Pequena Galeria, Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro, Brasil

exposições coletivas

2023
SORRY CAPS — Ainda, São Paulo, Brasil
Bodas de Linho — Curadoria de Bruno Miguel e Luiz Ernesto, Ateliê Casa Alta, Rio de Janeiro, Brasil

2022
Objeto não identificado — Curadoria de Luisa Duarte e Victor Gorgulho, Galeria Athena, Rio de Janeiro, Brasil

2021
Fissura — Galeria Portas Vilaseca, Rio de Janeiro, Brasil

2020
Animal — Galeria Marcelo Guarnieri, São Paulo, Brasil

2019
Antes Tarde Duke Nukem, Rio de Janeiro, Brasil

2018
Crônicas Urgentes — Fortes D'Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil

2017
A Luz que Vela o Corpo é a mesma que Revela a Tela — Curadoria de Bruno Miguel, Caixa Cultural, Rio de Janeiro, Brasil

2016
x4 — Curadoria de Marcelo Campos e Efrain Almeida, Solar Grandjean de Montigny, PUC-Rio, Rio de Janeiro, Brasil
Abre Alas 12 — Curadoria de André Sheik, Adriana Varejão e Paula Borghi, Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, Brasil

2015
Mais Pintura — Curadoria de Bruno Miguel e Luiz Ernesto, Sesc Quitandinha, Petrópolis, Brasil

2014
Mais Pintura — Curadoria de Bruno Miguel e Luiz Ernesto, EAV Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil

2013
Mais Pintura — Curadoria de Bruno Miguel e Luiz Ernesto, Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro, Brasil
O Mal dos trópicos, Centro Cultural Banco Central, Rio de Janeiro, Brasil
Siga o Coelho Branco, Instituto Cultural Germânico, Niterói, Brasil

2012
“Atemporal”, Espaço Atemporal, Rio de Janeiro, Brasil

residências

2020
Bolsa de Residência Artist Opportunity — Vermont Studio Center, Johnson, VT, EUA

2019
2ª Residência Artística Soy Loco Por Ti Juquery — Curadoria de Arturo Gamero, Complexo Hospitalar do Juquery, Franco da Rocha, Brasil

2017
4ª Concurso Residências Artísticas — Curadoria de Moacir dos Anjos, Fundação Joaquim Nabuco, Recife, Brasil

2016
6ª Edição da Bolsa Pampulha — Curadoria de Cauê Alves e Orientação de Luisa Duarte, Mabe Bethônico e Moacir do Anjos, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil

publicações

2018
MARCONDES, Guilherme. Arte e Consagração: os jovens artistas da arte contemporânea. Rio de Janeiro, 2018. Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, 2018

2016
Catálogo da 6ª Edição da Bolsa Pampulha, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil